“30 horas já pra enfermagem não parar!!!”

Boa noite, pessoal!

Ontem, aqui na cidade de Belo Horizonte, ocorreu uma audiência pública pelas melhores condições de trabalho da enfermagem, e é claro que eu não perderia por nada! De uma coisa eu posso dizer com convicção: depois de muito ouvir que nós, profissionais de enfermagem, somos desunimos, ontem eu pude ter a feliz constatação que nós mesmo cansamos de ser definidos assim, essa impressão já está mudando, e fiquei muito satisfeita em ouvir os profissionais gritando, protestando com balões, apitos e faixas, todos juntos, por direitos, por melhorias, e até mesmo ameaças de paralização (fato de que sou completamente e absolutamente a favor, porque sei que se a enfermagem parar, o Brasil pára junto, e quem sabe assim não somos valorizados).

Pois bem, após muita confusão no inicio por conta do espaço que estava pequeno (que orgulho), mudaram a reunião para o auditório da Assembléia. Para que não sabia dessa audiência, vou informar sobre o que se trata: nós, trabalhadores de enfermagem, lutamos pela redução da jornada para 30 horas semanais, sem prejuízo na remuneração; a fixação de piso salarial regional de R$ 5.450 para enfermeiros, R$ 3.815 para técnicos e R$ 2.725 para auxiliares em enfermagem.

Agora eu pergunto: “É pedir demais?”, para aqueles que prezam, auxiliam, assistenciam, se responsabilizam por pacientes de todos o níveis de gravidade, passam horas e horas dentro de um hospital (até mais tempo do que com família), muitas vezes tem mais de 1 emprego para conseguir pagar as contas de casa, trabalham muitas vezes 24, 36 e até 48 horas seguidas!!!! NÃO, não é pedir demais, é pedir o justo! Merecemos muito mais, mas acredito que as coisas irão mudar. Ainda em pauta, segundo o site do COREN MG: Além de baixos salários e da jornada exaustiva de trabalho, os profissionais também reclamaram de condições precárias de trabalho, de assédio moral e da usurpação de direitos trabalhistas, como o não pagamento de horas extras, vale-transporte, vale-alimentação e adicional de insalubridade. “A humanização da saúde, prevista em políticas públicas, se esvazia de sentido se não garante ao profissional da enfermagem condições dignas de vida e trabalho”, destacou a presidente da Associação Brasileira de Enfermagem – Seção MG, Paula Cambraia de Mendonça Viana.

Agora vamos aguardar para saber o resultado no nosso primeiro protesto. Eu, como sendo uma profissional de enfermagem, vou continuar acreditando e lutando pelos meus direitos e sem esquecer nos meus deveres, e você? Também está nessa luta comigo?

Boa noite pra todos e tenham uma semana abençoada! Enf. Bianca Rabelo.

Segue as fotos da audiência: